quinta-feira, 14 de julho de 2011

POR QUE OS JOVENS USAM DROGAS



          Muitos podem ser os motivos que levam um jovem para o mundo das drogas.           Entre eles, a procura de um prazer que para o jovem representa o êxtase, a euforia. Muitas vezes é a fuga de uma realidade difícil de lidar à nível consciente. 
          Como consciências psicológicas, há todo um transtorno comportamental e um prejuízo das atividades como: estudo, trabalho, convivência com as pessoas devido a mudanças de humor. Além do fato que o uso de drogas acarreta, com o tempo, danos às estruturas cerebrais. 
          A família fica desesperada. Muitas vezes não sabem como lidar com o jovem e há atritos graves entre membros da família. Há uma forte perturbação emocional, o que necessitaria de um trabalho orientado de um profissional. A família teria que fazer um trabalho no sentido de se fortalecer do ponto de vista emocional para com isso poder ajudar a pessoa envolvida com drogas, e este precisaria de um acompanhamento psicológico com o objetivo de fortalecer a auto-estima e conseqüentemente se livras das drogas. 
          Fica difícil dizer o que é certo e o que não é, quem é bandido e quem é mocinho, onde está o bem e o mal. Mas não dá para fugir da realidade. DROGA é uma coisa perigosa e muita gente se arrasa por causa dela. O assunto está ai: na TV, nos jornais, na rua, na escola, na casa do lado e, talvez, na sua. Finge que não é com você é um péssimo jeito de se prevenir. 
          Considerando o tráfico, o número de crimes, problemas de saúde e todas as vidas que são arruinadas pela droga, dá uma imensa vontade de ser radicalmente contra elas. Mas nesses campo é muito difícil ser radical. A distância entre beber um copo de cerveja gelada num dia de calor e morrer de cirrose hepática é enorme. Tão grande quanto a que existe entre fumar maconha uma vez na vida e morrer de overdose. Seria inútil exterminar todas as substâncias que podem ser usadas como droga porque são muitas. E não esqueça que droga é sinônimo de remédio e a mesma coisa que mantém a vida de monte de pessoas pode deixar outras viciadas. Proibir não é a solução. Fingir que o problema não existe ou acontece apenas com os outros resolve muito menos.           Diante desse impasse, não vá saindo como quem não tem nada com isso. Viciado não é só gente doida, barra pesada, marginal ou pavorosa Muita gente bonita, elegante e sincera como você acaba se viciando às vezes por brincadeira. As fronteiras entre o certo e o errado são invisíveis e, assim, ninguém sabe mostrar o comportamento ideal a ser adotado. O que se sabe é que as drogas são um risco enorme. 
          73,9% dos estudantes de escolas públicas de 10 capitais brasileiras já exprementaram algum tipo de drogas.
          76% dos portadores do vírus da AIDS entre 11 e 19 anos contraíram a doença por meio das drogas intravenosas. 
          Já te ofereceram alguma droga? 33% dos entrevistados de 10 a 12 anos, 49% dos de 13 a 15 anos e 67% entre 16 e 18 anos responderam sim. 
          "Comecei fumando uns baseadinhos em festas, tomando umas bebidinhas. Eu sempre achei que era forte para lidar com as drogas. Então eu alternava uma época careta, uma época chapado. Para tentar me enganar, eu tentava trocar a dependência por álcool mas não adiantava. Eu estava sofrendo. Eu estava fugindo de um problema que vinha desde a adolescência: admitir que a droga era mais forte que eu. Uma hora me dei conta que ou todo mundo se afasta de você ou você acaba numa overdose. Três amigos meus morreram, dois de overdose e outro que injetou na veia pó de mármore comprado como cocaína. Eu optei pela vida. Estou brigando com unhas e dentes. Eu queria que alguém tivesse me dito: não tenta nem experimentar. Eu achava que careta era otário. Mas não é nada disso: os malucos é que são otários." C. 34 anos. 
Por quê o adolescente se envolve com as drogas? Por quê um jovem de apenas 14 ou 15 anos começa a trilhar o caminho da toxicomania? 
          Além dos motivos citados acima, há, no caso do uso de drogas, um fator muito importante que é a fuga da realidade. O jovem quando vira adolescente se decepciona, pois nada é como ele pensava, então decide entrar no mundo do tóxico. Viver no mundo real não lhe interessa mais. A irrealidade é seu universo, onde tudo é mais colorido e onde se acha respostas para todos os problemas. 
          Inquéritos feitos entre jovens mostram que, em sua maioria, foram levados a primeira experiência com tóxicos por curiosidade. Ressaltam também o papel dos amigos que influenciam no consumo das drogas. 
          "A informação que a televisão, os pais e os educadores passam é de que a droga mata, é uma coisa horrível, deixa dependente. Mas já o amigo do clube, da escola, do condomínio diz que não é nada disso, que é bom e dá segurança. Então o jovem fica curioso, com dúvidas, e resolve experimentar. No dia seguinte, ele vê que não morreu e nem ficou dependente e passa a acreditar no amigo, lógico. Aí mora o perigo... O jovem passa a procurar nas drogas aquilo que não existe. O uso constante poderá torná-lo doente, dependente de doses cada vez maiores e de drogas mais fortes. Isto pode levá-lo até ao suicídio. 
          Parece que, hoje em dia, as pessoas não têm noção de que as drogas fazem mal e que não é bom usá-las. O jovem precisa de uma cervejinha para bater papo, fumar um "baseado" para ver um show... Ele está sem noção da cobrança que vai vir mais tarde, em função deste uso de drogas." - depoimento de Aurélio Santo Sé (CONEN) 
Tomar uma droga é um substituto para a satisfação que uma atividade bem sucedida traz. Uma visita a qualquer rua à noite, mostra rapidamente que a droga é freqüentemente o "prêmio consolação" para muitos jovens insatisfeitos.




FATORES QUE PROPENSA O ADOLESCENTE AO USO DAS DROGAS

1. sem adequadas informações sobre o efeito das drogas;
2. com saúde deficiente; 
3. insatisfeito com sua qualidade de vida; 
4. com personalidade deficientemente integrada; 
5. com fácil acesso às drogas.

Em contrapartida, o adolescente com menor possibilidade de utilizar drogas são aqueles:

1. bem informado;

2. com boa saúde;

3. com qualidade de vida satisfatória;

4. bem integrado na família e na sociedade;

5. com difícil acesso às drogas.

MOTIVOS: O QUE LEVA O JOVEM A ADQUIRIR O VÍCIO. 


          Drogas alteradoras de humor produzem modificações no cérebro que alteram seu funcionamento. Uma vez alterada a função do cérebro a pessoa experimenta mudanças físicas, emocionais e comportamentais. Substâncias psicoativas, portanto, têm o poder de alterar o pensamento, danificar a mente e o corpo e afetar o comportamento e os relacionamentos.
          Os novos conceitos sobre dependência química ensinam que não há drogas pesadas do ponto de vista do desenvolvimento da doença. Da nicotina ao álcool, passando por maconha, cocaína, crack e psicotrópicos, todas as drogas apresentam-se como poderosos condutores de dependência.
          Pesquisas recentes nos levam à compreensão dos motivos que levam algumas pessoas a desenvolver dependência. Sabe-se que uma parte da resposta se encontra na genética. Cada pessoa tem um constituição química e genética particular, isto pode afetar a maneira como uma droga age sobre o cérebro da pessoa. Talvez afete também a velocidade com que o cérebro estabelece seu nível químico depois que as drogas são tomadas. Da mesma forma que a constituição genética leva as pessoas a terem olhos azuis ou castanhos podem também levá-las a se tornarem dependentes.
          A personalidade do viciado apresenta características próprias, que a identificam como mal estruturada, imatura, inadapta ao meio em que vive, sempre na busca ávida por sensações, por algo que facilite a fuga da angústia permanente em que vive.
Vive à espera de que se modifique sua vida atual, em virtude de sua incapacidade de levar sua existência.. Não consegue ver no presente, beleza e alegria, pelo empobrecimento de sua capacidade de sentir e de se comunicar. Luta para fugir da realidade dos fatos, para viver na fantasia de um mundo novo, em que não seja exigido tanto de si.
          As origens da toxicomania devem ser procuradas na fase oral do desenvolvimento. A intolerância à espera na satisfação do desejo, a importância da fixação, da regressão, etc. A avidez nas toxicomanias está relacionada com os estados maníaco-depressivos.
          Por avidez oral entendemos a carência de afetos e a forma insatisfatória de lidar com eles. Problemas no relacionamento social trazem atritos, inseguranças e a conseqüente busca compensatória através da adicção.
Conseqüências:
          O egocentrismo, o desejo de gratificar o seu "eu" sempre egoísta, faz-lhe viver só e miserável.
          Na impossibilidade de dar, de realizar, de fazer, de proporcionar, destruir, agredir, violentar e aniquilar.
          Exaspera-se e se lança contra o mundo, por não poder retirar dele as satisfações, o gozo, as delícias com que sonha, exigências de sua personalidade imatura, rudimentar.
          Não estando a serviço de sua função natural de satisfazer a uma necessidade imperiosa, as forças instintivas transformam-se em angústia, ansiedade e opressão. O próprio prazer sexual se altera e faz mudar a agressividade em sadismo, a carícia, a ternura, em tortura e a maldade para os com quem ele convive.
          No aspecto familiar o adicto luta contra a superioridade, o autoritarismo. Através de seus sintomas, o adicto comunica aos pais e irmãos que está lutando para ser o contrário do que eles são, mas, ao mesmo tempo, as características dessa sua luta evidenciam que diferença está exclusivamente no elemento usado e não no método, ou seja, a droga.
          Quando se comprova que em sua tentativa de se revolta e ser diferente do modelo familiar, acaba fazendo o que aprendeu de seus pais, a oposição destes, torna-se muito comprometida.

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